Conheça os diferentes tipos de freio e os cuidados para garantir a segurança

Poucos motoristas se atentam a este detalhe, mas existem muitas diferenças entre os vários tipos de freio automotivo.

Uma coisa é fato: em nenhum caso esse item deveria passar despercebido, uma vez que o seu bom funcionamento é essencial para preservar a segurança do veículo e de seus ocupantes. Sem a operação adequada do freio, o risco de colisão, derrapamento ou qualquer outro acidente é muito maior. 

Além disso, a antecipação de eventuais falhas no sistema contribui para reduzir gastos com a manutenção do veículo — isso, especialmente, se forem utilizadas peças de qualidade, avaliadas e trocadas por uma profissional de confiança.

Independentemente do tipo de freio, a manutenção do sistema é determinante para a condução segura do veículo. Isso inclui observar as condições e fazer a substituição, se necessária, dos diversos componentes, como disco, pastilhas e tambor. Vale lembrar, além de garantir a segurança, a manutenção correta evita despesas desnecessárias!

Para entender melhor como os diferentes tipos de freio funcionam, continue a leitura de nosso artigo!

Quais os tipos de freios existentes?

Os modelos a tambor e a disco são os mais antigos e, justamente por esse motivo, os mais conhecidos. No entanto, o ABS, que tem uma tecnologia mais avançada, passou a ser um requisito mínimo nos veículos fabricados no país a partir de 2014.

Veja as principais características de cada modelo.

1. Freio a tambor

O freio a tambor, cujo nome remete à forma como é construído (um tambor de ferro fundido ou material semelhante, com duas sapatas semicirculares internas, com lonas fixadas) é do tipo hidráulico, ou seja, quando o condutor do veículo pisa no pedal, faz uma pressão sob o fluido de freio. 

Neste tipo de freio, a intensidade que o motorista utiliza no movimento é transmitida até as rodas, o que determina a redução da velocidade ou a parada do veículo. Um freio a tambor novo tem eficiência de até 60% nas rodas dianteiras e 40% nas traseiras em veículos com tração dianteira, embora a tecnologia possa ser considerada ultrapassada.

2. Freio a disco, a evolução do tambor

Esse é um dos tipos de freio que também funciona com um sistema hidráulico, mas a diferença é que, ao invés do tambor, existe um disco, que com o atrito com a roda, gera energia cinética. Tal tecnologia proporciona maior segurança, visto que pode haver maior resistência térmica, resultante do uso dos discos ventilados. 

Porém, como essa tecnologia encarece o custo final do veículo, boa parte dos automóveis ainda usa o freio a disco nas rodas dianteiras e a tambor nas traseiras. Mas, vale destacar, o custo de manutenção do freio a disco é menor, pois as pastilhas têm boa durabilidade e são de fácil manutenção.

3. Freios ABS, ou antitravamento

O termo ABS vem do inglês “Antilock Breaking System”, ou Sistema de Freio Antitravamento. A tecnologia é a mais eficiente e, desde 2014, os veículos fabricados no Brasil ou importados para venda no mercado nacional não podem ter outros tipos de freio, segundo a Resolução 380/2011 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A regra vale tanto para nacionais quanto para importados.

O freio ABS é composto por sensores de velocidade, bomba, válvulas e uma unidade controladora. Sua rotação dos pneus é monitorada, de forma a identificar uma frenagem. Quando isso [a frenagem] acontece, o controle ABS ajusta a pressão em cada roda.

Assim, ocorre mais equilíbrio na desaceleração do veículo. Ou seja, sem risco de travar o tambor ou o disco. Portanto, mais segura, já que não ocorre um bloqueio abrupto das rodas.

4. Freio regenerativo

Com o crescimento da frota de elétricos — em julho, de acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), já havia 100 mil veículos elétricos no país — a tecnologia da frenagem regenerativa ganha espaço. 

Esse sistema usa parte da energia cinética da movimentação do veículo para gerar energia elétrica e direcioná-la à bateria. O sistema regenerativo prevê manutenções preventivas mais espaçadas, pois há menos desgaste em seus componentes, se comparado aos sistemas tradicionais.

Quais os principais componentes do sistema de frenagem?

  • Tambor ou disco, que são peças responsáveis por provocar o atrito com as rodas e gerar a desaceleração do veículo, quando o pedal é acionado.
  • Servofreio ou hidrovácuo, uma válvula inteligente que identifica a intensidade aplicada ao frear e transmite a informação às rodas. Seu trabalho é completado pelo cilindro-mestre, que converte a intensidade que o motorista aplica ao pedal em pressão hidráulica.
  • Fluido é um líquido sintético que contribui para a transmissão da frenagem às rodas.
  • No caso de freios ABS, existem ainda os sensores de rotação, que monitoram a velocidade dos pneus e abastecem a unidade controladora com essa informação.

Como identificar problemas nos diferentes tipos de freio?

Independentemente do tipo de freio, os motoristas precisam identificar alguns sinais de alerta. Confira:

  • ruídos diferentes, que podem ser decorrentes do desgaste das pastilhas;
  • sensação de que o pedal de freio está mais baixo ou mais duro e pesado do que o habitual. As causas para isso podem ser vazamento em algum componente, existência de ar no sistema, falha de vedação, entre outros motivos. É recomendado procurar um mecânico de sua confiança para identificar corretamente a causa e resolver o problema;
  • o pedal parece mais “fofo”, o que indica a existência de ar no sistema;
  • vibração no volante ao pisar nos freios, condição que pode ocorrer se o disco estiver empenado ou os tambores deformados. Em freios ABS, isso não é de fato um problema, mas em caso de dúvida vale avaliar com um profissional;
  • falha no funcionamento do freio de mão; 
  • alto consumo de fluido de freio também deve ser investigado. 

Qual o papel das pastilhas de freio?

As pastilhas são peças que entram em atrito com o disco de freio quando o condutor aciona o pedal, ajudando na desaceleração e parada do veículo. 

Com o passar do tempo, essas peças sofrem desgastes e precisam ser trocadas. Assim, se isso não for feito, existe risco de danificar o disco e todo o sistema de freio do carro. 

Não existe uma regra sobre a periodicidade de troca das pastilhas, mas a maioria dos mecânicos indica a revisão a cada 30 ou 40 mil quilômetros. Em veículos que trafegam em regiões urbanas com maior trânsito, nas quais as frenagens são mais frequentes, a necessidade de troca pode ser maior – a cada 20 mil quilômetros, em média.

O 10km já explicou este tema em outro artigo, confira aqui. Para veiculos altamente exigidos, como os de frota, táxis e Ubers, este cuidado é ainda mais importante.

É possível preservar os freios e aumentar a vida útil dos componentes?

Sim, para isso as dicas são tentar manter a suavidade na frenagem, especialmente em curvas. A direção responsável, com atenção à sinalização de trânsito, faz toda a diferença.

Além disso, o motorista nunca deve acionar os freios com o motor desligado e evitar seu uso em declives – a famosa “banguela”. Em tais situações, o ideal é reduzir a velocidade, seguir com o veículo engrenado e só acionar os freios em caso de real necessidade. Sem o funcionamento do motor, o pedal fica mais pesado, uma vez que a câmara de vácuo não funciona.

É importante saber que, ao frear o veículo de maneira brusca, existe o risco de empenamento dos discos. Assim, a principal dica é: guie com atenção e, sempre que possível, seja suave ao frear. Paradas bruscas não só reduzem a vida útil dos componentes como também colocam você e os demais veículos em situação de risco.

Além disso, outro ponto de atenção é que é essencial ter atenção aos prazos de manutenção e fazer a verificação periódica do fluido de freio. 

Fluído de freio: quais os cuidados?

Além de escolher o fluido indicado no manual do veículo, é importante saber quando fazer a troca, conforme a quilometragem, mas também monitorar se há degradação ou contaminação.

Quando existe contaminação com água, o fluido de freio pode sofrer alterações em seu ponto de ebulição, o que diminui a eficiência da frenagem em até 30%. Isso significa que deve-se evitara complementação do reservatório: quando isso é necessário, o melhor é trocar todo o componente de uma vez.

Priorize sempre a sua segurança e a de sua família. Se precisar trocar peças do sistema de frenagem, independentemente do tipo de freio de seu veículo, solicite o orçamento das peças no 10km. Aproveite e compartilhe nosso post em suas redes sociais para que mais pessoas entendam a importância de manter os freios em dia!

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