Freio a disco, a tambor, ABS…? Você sabia que existem diferentes sistemas de frenagem e, consequentemente, diversos componentes do freio automotivo? Muita gente desconhece que existem tecnologias distintas, mas todo mundo sabe da importância desse sistema para a segurança, não é mesmo?
Assim, neste artigo, vamos esclarecer quais são os diferentes tipos de freio e seus componentes, bem como os diferenciais de cada sistema.
Quais são os principais tipos de freio?
Para começar, você sabe qual a diferença existente entre os tipos de freio?
Vale explicar que os modelos mais antigos são os conhecidos a tambor e a disco, mas em 2014 o ABS passou a ser um requisito mínimo para veículos fabricados no Brasil, de acordo com a Resolução 380/2011 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Confira as diferenças de cada um deles:
- o freio a tambor é um freio hidráulico, cuja intensidade de frenagem está diretamente relacionada à forma como o condutor do veículo faz a frenagem. Ou seja, quando o motorista pisa no pedal do freio, acontece uma pressão no fluído, que leva à redução da velocidade ou parada. A eficiência, quando o sistema é novo, alcança 60% nas rodas dianteiras e 40% nas traseiras em veículos com tração dianteira;
- freios pneumáticos, ou sistemas de freio a ar, como também são conhecidos, funcionam a partir do uso dos tambores, da mesma forma como os demais modelos que usam essa modalidade. A diferença é que ele não é acionado por pressão hidráulica, mas sim pelo ar comprimido na hora em o motorista aciona o pedal de freio;
- o freio a disco é uma tecnologia mais moderna e que proporciona maior segurança e eficiência na frenagem. A tecnologia é similar à do freio a tambor (hidráulica). A diferença é o uso de um disco que converte a energia cinética gerada pelo veículo em calor, resultando no atrito do disco metálico com a roda, o que resulta na frenagem;
- já o freio ABS (cujo nome em inglês é Antilock Breaking System, ou na tradução, Sistema de Freio Antitravamento), funciona com sensores que monitoram a rotação dos pneus, que identificam a frenagem. Assim, o sistema ABS ajusta a pressão em cada uma das rodas, tornando a desaceleração mais harmônica, assim evitando o travamento no caso de uma frenagem brusca.
E o freio de mão?
Sim, além dos sistemas de frenagem, que funcionam para a desaceleração e parada do veículo em movimento, existe o freio de mão, usado para evitar a movimentação do veículo quando está estacionado ou parado.
Este recurso, que costuma ser utilizado por motoristas em situações de aclive (ladeiras) com trânsito, para controle do veículo, de forma a evitar o uso do acelerador e da embreagem ao mesmo tempo, não é recomendado. Isso porque o sistema tem desgaste maior do que outros tipos de freio, demandando maior necessidade de manutenção.
Freio eletrônico tem alguma diferença?
O freio eletrônico, presente em veículos mais modernos, inclui um botão que substitui a alavanca utilizada para impedir que o veículo parado se movimente.
Já ouviu falar em freio regenerativo?
Essa modalidade é restrita a alguns modelos de veículos elétricos, que usam parte da energia cinética da movimentação para gerar eletricidade. Os sistemas usados nos carros movidos a eletricidade são inteligentes, pois aumentam a capacidade de regenerar a energia durante o acionamento dos freios.
Além de proporcionar uma economia, reaproveitando a energia, a frenagem usada nos carros elétricos aumenta a vida útil do sistema, exigindo menos manutenções preventivas.
Existem diferenças nos componentes do freio?
É importante conhecer os principais componentes do freio para entender melhor o seu funcionamento. Afinal, só assim conseguimos saber quando é a hora certa de procurar a ajuda de um mecânico. Confira a seguir.
1. Pedal
Componente bastante conhecido de qualquer motorista, é o pedal que é responsável por acionar o freio. Normalmente não apresenta problemas, mas se o condutor tiver a impressão de que o pedal está “baixo”/ fundo, pode ser que as pastilhas ou a lona estejam desgastadas.
2. Disco de freio
Os discos de freio estão entre os componentes mais importantes do sistema de frenagem. Entretanto, também estão entre os que mais podem apresentar falhas (quebrar, entortar ou ficarem gastos). Dessa forma, se isso ocorrer, é possível haver trepidações e danos às pastilhas de freio.
Os discos de freio devem ser avaliados em todas as manutenções preventivas, uma vez que não existe um prazo específico para a troca.
3. Pastilhas de freio
As pastilhas, utilizadas junto aos discos, são responsáveis pela parada do veículo quando o freio é acionado. Assim, por estarem sempre em atrito, o risco de desgaste é grande. Por isso, a troca é recomendada a cada 20 mil km, em média.
4. Tambor de freio
O componente fica posicionado em volta das lonas de freio, nas rodas de trás do veículo. Assim, quando o freio é acionado a lona entra em contato com o tambor, fazendo com que o veículo pare.
O tambor não tem um prazo predeterminado para troca, mas se houver perda de eficiência do freio traseiro, é importante verificar e fazer a manutenção preventiva.
5. Lonas
As lonas de freio, que ficam presentes nos freios traseiros, são as responsáveis pelo atrito das rodas com os tambores. Assim, sua função é fazer o travamento do carro ,quando o freio de mão está acionado.
Dessa forma, quando as lonas estão desgastadas, tanto a capacidade de frenagem da roda traseira quanto o funcionamento do freio de mão ficam comprometidos.
6. Cilindro-mestre
O cilindro-mestre é o componente que envia o fluido de freio às rodas. Quando a manutenção preventiva é feita corretamente (ou seja, efetuando a troca do fluido a cada 10 mil quilômetros rodados), esse componente suporta mais de 100 mil quilômetros.
O fluido de freio é um líquido sintético que circula pelo sistema de freios a tambor e a disco.
7. Servofreio
Sua função é potencializar a pressão feita pelo motorista no pedal, acionando o sistema de frenagem. Ele deve ser substituído a cada 120 mil km rodados.
8. Sensores de rotação
Utilizados no caso dos freios ABS, os sensores de rotação monitoram a velocidade dos pneus e abastecem a unidade controladora com essa informação.
Agora que você já conhece os principais componentes do freio dos veículos, confira também as nossas dicas para identificar problemas e/ou preservar a vida útil do sistema! Continue a leitura e entenda melhor quais os cuidados com o freio do seu carro!